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Dafiny Durê: Vencendo a dificuldade de perder peso

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Formada há 15 anos e há seis anos em Rondonópolis, a nutricionista Dafiny Durê atua em áreas como nutrição funcional, suplementação e fitoterapia, programação metabólica na gestação, alergias alimentares, nutrição em nefrologia e em genética. Em entrevista especial para a Revista Cidade Mob, ela falou sobre as dificuldades para emagrecer. Confira:

Cidade Mob – Por que é tão difícil de perder peso? 

Primeiro, porque não é algo estritamente ligado à alimentação, mas também com a parte emocional que se tem com o alimento ou com alguma situação ou sentimento que esteja vivendo, como alegria, tristeza, angústia ou ansiedade. Isso faz com que tenhamos uma alimentação inadequada ou exagerada com os comfort foods, os chamados alimentos que nos dão conforto, ou ainda, há pessoas que se privam de alimentos, não tem fome em certos momentos. A gente tem uma ligação emocional muito grande com a alimentação, por isso a gente não consegue fazer algo perfeitamente todos os dias, justamente porque tem dia que a gente está legal e outro, não, fazendo com que muitos desejem comer uma pizza, um hambúrguer…

Cidade Mob – A genética também conta na dificuldade de perder peso? 

Sim, mas a genética não é destino. Posso ter uma genética familiar ligada à diabetes e hipertensão, mas tudo isso está muito mais ligado ao estilo de vida do que propriamente à genética. São poucas coisas que realmente são ligadas à nossa genética. Minha avó pode ter diabetes tipo 2, mas isso não quer dizer que vou ter. Agora se eu como muito doce e carboidrato em exagero e ainda for sedentário, também vou ter uma propensão a ter. Mas não quer dizer que é uma sentença de vida. 

Cidade Mob – Existe uma dieta ideal para todo mundo? 

Não existe. O que a gente tem preconizado cada vez mais é a palavra individualização aos pacientes. Não existe “Control C + Control V”, não existe de algo servir para todo mundo! A gente sabe que tem coisa que são comuns a maioria, mas ser comum não quer dizer que convém a todos. Tenho de escutar o paciente, entender os sinais e sintomas, analisar exames…

Cidade Mob – Então, é preciso tomar cuidado com as dietas da moda, aquelas que estão em alta?

Com certeza! Uma hora é o detox pós-carnaval, e quem disse que está desintoxicando? Pode estar desnutrindo! E tem dieta da sopa, dieta cetogênica… Não adianta.  Cada um é cada um e tem que ser analisado de tal forma.

Cidade Mob – Qual é o melhor caminho para conseguir perder peso? 

Primeiro tenho de entender se as emoções estão refletindo na alimentação para o bem ou para o mal. Depois fazer uma análise fisiológica, os exames de rotina, verificar se tem doença de base. Também praticar uma atividade física e unir tudo isso a uma alimentação diversificada, que seja exclusiva para pessoa. 

Cidade Mob – Então, o efeito sanfona é uma grande preocupação? 

Além de ser o grande terror, é um grande problema fisiológico e metabólico. Toda vez que um paciente emagrece muito e depois volta a engordar muito, ele destrava algumas chaves metabólicas que não são legais, como ganhar tecido adiposo muito maior que antes ou ficar desnutrido por causa da dieta restritiva…

Cidade Mob – Como o nutricionista pode contribuir com esse processo de perda de peso? 

No meu caso, converso muito com o paciente sobre várias áreas, não só sobre alimentação ou metabolismo. Preciso entender como ele se relaciona com o alimento, para fazer algo individualizado e que tenha adesão. Assim, a gente vai conquistando gradativamente melhores hábitos. Falo que é igual a um casamento, tem que ter um relacionamento. Esse é o segredo!

Foto – (dafiny dure) Nutricionista Dafiny Durê: “Cada um é cada um e tem que ser analisado de tal forma”

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