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ESG – SOCIAL: Empreendedorismo na 3ª idade deixa legado social para as próximas gerações

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Pesquisa realizada pelo Sebrae/MT indica que 89% dos entrevistados acima de 60 anos acreditam que o empreendedorismo na terceira idade contribui positivamente com a sociedade

As contribuições sociais oriundas de trabalhos realizados por pessoas da terceira idade foram destacadas em pesquisa feita pelo Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae/MT), sobre o “Empreendedorismo na Terceira Idade em Mato Grosso”. O levantamento apontou as principais motivações, desafios e legados deixados pela geração acima de 60 anos.

O legado social está entre os pilares de atuação do Sebrae/MT, que por meio de iniciativas focadas nas pautas: Ambiental, Social e de Governança (ASG) – sigla mais conhecidas por ESG (Environmental, Social and Governance, em inglês), – busca fortalecer o empreendedorismo socialmente sustentável. A exemplo da contratação de pessoas com habilidades e experiências acima de 60 anos ou com alguma deficiência (PCDs), para trabalharem durante a 13ª Feira do Empreendedor.

“Dentro das políticas ESG, o S que é o ‘Social’ é um pilar muito importante dentro da nossa atuação. Estamos focados no desenvolvimento neste aspecto e durante a Feira do Empreendedor não poderia ser diferente. A nossa força tarefa para este grande evento incluiu o trabalho de pessoas da 3º idade e pessoas com algum tipo ou grau de deficiência (PCDs), a exemplo do atendimento feito por cegos e o auxílio dos interpretes de libras nas transmissões de palestras. É importante falarmos de inclusão, não só por sermos espelho para milhares de empreendedores, mas porque acreditamos que ganhamos mais quando somamos e promovemos conexões”, observou Lélia Brun, diretora Superintendente do Sebrae/MT.

Para compreender, apoiar e promover o empreendedorismo na terceira idade, a pesquisa “Empreendedorismo na Terceira Idade em Mato Grosso” traçou o perfil desse público, que encontra ânimo nos desafios.

“Apesar de a necessidade financeira se destacar como um dos principais motivos, com 74% de citações na pesquisa, o cenário sinaliza uma mudança de comportamento para um padrão mais positivo. Ao analisarmos os seis motivos mais citados pelos empreendedores desta faixa etária, cinco são de origens positivas, como realização pessoal e realização de um sonho. Para nós do Sebrae Mato Grosso, esta mudança de cenário é um reflexo do trabalho que desenvolvemos junto a este público, por meio de consultorias, qualificações, orientações e atualizações sobre o segmento de atuação”, pondera Jaqueline Trentino, gestora de Pesquisas Temáticas do Núcleo de Inteligência de Mercado do Sebrae/MT e responsável pela pesquisa.

Para os empreendedores da 3ª idade, alguns dos principais benefícios de empreender está a possibilidade de manter um aprendizado contínuo (75%); desenvolvimento de habilidade de negócios (64%); maior independência financeira (49%); satisfação pessoal (42%) e senso de propósito renovado (32%).

Todos esses benefícios citados têm relação com característica de pessoas determinadas em transformar o mundo, aposentar o ultrapassado estigma social para o envelhecimento, e deixar como legado um ambiente mais fácil e inclusivo para as próximas gerações da 3ª idade”, finalizou.

Desafios encontrados

Além das necessidades financeiras, outros cinco principais motivos do empreendedorismo na terceira idade são: a realização pessoal (49%); o desejo de continuar ativo e ocupado (37%); paixão por sua área de atuação (25%); realizar um sonho de vida (24%); e contribuir com a sociedade (20%). Na pesquisa, os entrevistados puderam citar mais de um dos itens indicados.

“É importante ressaltarmos que 89% dos entrevistados acima de 60 anos, acreditam que o empreendedorismo na terceira idade contribui positivamente com a sociedade. Essa perspectiva faz com que esse público crie soluções práticas e inovadoras, que além de trazer resultados positivos para o social também traz o sentimento de satisfação às pessoas da 3º idade”, Jaqueline.

A pesquisa também identificou as principais dificuldades ou desafios enfrentados por esse público. A falta de recursos financeiros (72%) e o conhecimento limitado em tecnologia (55%) foram apontadas como as principais barreiras.

“São dois pontos desafiadores que precisam ser trabalhados. A falta de recursos financeiros pode partir do próprio estigma social que também está presente em algumas instituições financeiras [receio de saúde precária, falta de acesso a recursos]. Isso coloca essas pessoas em um lugar de maior restrição. Já a dificuldade em lidar com tecnologia é um ponto totalmente compreensível, pois essa geração é a que mais foi e é submetida a mudanças e a adaptação constante, é cansativa até para as gerações mais novas, imaginem para eles?”, observa Jaqueline.

A pesquisa sobre “Empreendedorismo na Terceira Idade em Mato Grosso”, foi realizada entre os dias 9 e 26 de setembro, com 296 pequenos empresários seniores participantes.

Fonte: Sebrae MT

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