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Levando o nome de Rondonópolis para os quatro cantos do planeta

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Talentosos, habilidosos, criativos, com estilos únicos e trabalhos chamativos, os artistas plásticos de Rondonópolis têm ocupado lugar de destaque no mundo das artes, conseguindo se manter e obter reconhecimento nacionalmente. Com tanta expressividade, as obras dos artistas locais têm ganhado o mundo. Ilustrando um pouco do potencial das artes plásticas produzidas em solo rondonopolitano, a Revista Cidade Mob homenageia a categoria mostrando a trajetória de sucesso de três grandes profissionais do setor: Wander Melo, Petterson Silva, Paulo Pires e Marlene Trouva. Confira um pouco sobre eles:

Wander Melo
O rondonopolitano Wander José de Melo despontou na cena artística estadual ao participar do III Salão Jovem Arte Mato-grossense, em 1978. Artista plástico reconhecido e premiado, ele participa costumeiramente de exposições coletivas e individuais em vários estados do Brasil.
Wander Melo, 60 anos, é natural de Rondonópolis, e participa do circuito artístico no Estado desde 1978, quando se inscreveu pela primeira vez no III Salão Jovem Arte Mato-grossense, em Cuiabá.
Em sua obra, Wander expressa a preocupação tanto com os problemas sociais como ecológicos, retratando cenas da flora e fauna regionais, além de temas do cotidiano, fatos corriqueiros ou históricos.
No início de sua carreira, o realismo figurativo predominava em suas obras. Aos poucos ampliou seus temas: natureza, cultura material e imaterial e suas formas de expressão também se transformaram em uma linguagem artística própria.
Adepto do estilo neo expressionista, trabalha com cores vibrantes e formas que simbolizam movimento. As pinturas se valem do acrílico sobre tela. Também arrisca nas esculturas, sem perder sua marca. Ele avalia que a aceitação do seu trabalho tem crescido bastante, tendo alcançado um maior prestígio tanto do público quanto da crítica.
“Hoje sua obra demonstra certo encantamento por tudo o que é representado e, assim, as formas se transformam com contornos, os objetos representados ganham sinuosidade expressiva com curvas ondulantes, que ressignificam a representação, com as linhas e cores que fundem se entre si”, define o crítico Laudenir Gonçalves.
Recentemente, Wander foi escolhido para fazer parte do conceituado Anuário de Artes da Editora Luxus Magazine, uma reconhecida publicação com distribuição nacional e que traz trabalhos selecionados de artistas como nomes consagrados no mercado nacional e internacional, mas que também sempre busca trazer novos talentos.
Conquistou inúmeras premiações, ele já integrou várias exposições e eventos internacionais, como nos Estados Unidos e Portugal.

Petterson Silva
Um dos grandes expoentes artísticos de sua geração, Petterson Silva já levou a sua arte para várias partes do Mundo. Nascido em Rondonópolis, o jovem pinta desde os 10 anos e hoje já é veterano no mundo das artes.
Com passagem pela Faculdade de Artes Visuais, no Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo (SP), o artista já expôs em diversos estados brasileiros. A sua marca registrada é o realismo e os temas regionais, como fauna, flora e indígenas.
Petterson é conhecido por ser adepto da técnica de óleo sobre tela e texturas, com cores fortes. Nos últimos anos, vem contabilizando uma agenda com bastantes encomendas, muitas pra diferentes estados brasileiros.
O artista local gosta de retratar os temas da terra, especialmente etnias indígenas do Estado. Também é conhecido pelo incrível realismo que apresenta em suas obras. Com tanto potencial, suas obras já chegaram, por exemplo, aos Estados Unidos, na França e na Itália.
Uma das suas recentes participações destacadas foi em 2022 no Jaguar Parede, que é um poderoso veículo de conscientização, uma grandiosa amostra de arte, cujo objetivo é ajudar na conservação da onça-pintada usando a arte.

Paulo Pires
O escultor Paulo Pires já expôs suas obras nos mais diversos estados brasileiros e até no exterior. Residente em Rondonópolis, ele é nascido em Poxoréu e começou sua carreira na arte pela pintura ainda criança, no Estado de Rondônia, incentivado pela sua professora que percebeu o talento do aluno. Foi ela quem presenteou Paulo com telas e tintas.
Com o passar dos anos, passou a esculpir. Primeiro as esculturas eram feitas em madeira e depois passou a estudar as pedras, começando a esculpir em pedra de arenito. As pedras que depois viram esculturas pelas mãos do artista são recolhidas em rios da região.
Ele utiliza o machado, martelo e pregos para dar forma aos trabalhos. No entanto, a parte mais difícil do trabalho é a busca pelo material, já que as pedras são pesadas e encontradas em rios de Rondonópolis e Pedra Preta, onde é possível encontrar a pedra ferro.

Marlene Trouva
Radicada em Rondonópolis desde 1996, a paulista Marlene Trouva é formada em Artes e foi aqui que ela desenvolveu sua técnica e se aprimorou como artista. Inicialmente, ela dava aulas de Artes em escolas públicas e privadas, mas desde essa época já tinha o seu ateliê, tendo as artes plásticas como uma atividade secundária.

Após dez anos se dividindo entre sua arte e as aulas, decidiu se dedicar exclusivamente ao seu ateliê e passou a viver de seu talento, porém não abandonou seu lado professoral e está sempre ensinando sua arte para turmas de alunos interessados em conhecer melhor as artes plásticas.

“É bom viver de artes, fazer aquilo que você gosta. Eu amo, porque é uma terapia trabalhar com arte. E eu gosto muito de ensinar e nunca abandonei meu lado de professora. Paralelamente, eu sempre dou cursos no meu ateliê de desenho e pintura para crianças e adultos. Estou sempre envolvida com isso e sempre ensinando e aprendendo”, externou.

Expoente das artes plásticas rondonopolitana, Marlene Trouva tem mais de 26 anos de carreira artística. Em 2021, ela foi homenageada por Regina Maslém através do projeto “Marlene Trouva: Cor da Arte no Cerrado”, incluindo a produção de um documentário de curta-metragem sobre a vida da artista e uma exposição de artes física e virtual com pinturas inspiradas no cerrado.

Marlene trabalha com encáustica, uma técnica de pintura conhecida como pintura a fogo, desenvolvida pelos gregos desde o século V a.C., na qual os pigmentos de cor são diluídos em cera quente. A artista plástica também trabalha com cera fria. Os pontos fortes da técnica, os quais encantam a artista, são o relevo e a textura. “A característica mais marcante em meu trabalho é a textura e o relevo produzido nos trabalhos com encáustica. Ela faz parte da minha vida!”, diz.

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