001
004

Rondonópolis, uma cidade que surpreende!

109 0
007
006

A cada dia que passa, a economia de Rondonópolis, que é a maior cidade do interior de Mato Grosso, surpreende nas mais diversas áreas pelas significativas cifras movimentadas. A cidade navega em um mar de oportunidades e de céu azul, competindo de forma acirrada com as cidades do chamado Nortão de Mato Grosso – e levando a melhor mesmo não estando entre as cidades que mais produzem grãos, pluma e gado no Estado. A localização estratégica, sendo importante eixo rodoviário do Brasil, com uma população que caminha na vanguarda e inova sempre, ajuda a explicar um pouco do sucesso da quase setentona cidade mato-grossense. Confira, a seguir, um pouco das principais potencialidades e destaques da economia de Rondonópolis na atualidade, elaborado pela Revista Cidade Mob:

A segunda maior economia do Estado

Não tem para ninguém! Há anos que Rondonópolis se consolidou como a segunda maior economia de Mato Grosso, perdendo apenas para a capital Cuiabá. Nessa condição, tem avançado e conquistado posição no ranking das maiores economias do País. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 de Rondonópolis avançou e apareceu como o 90º maior do Brasil. O PIB calcula as riquezas produzidas por uma localidade e o último levantamento foi divulgado em 2022, com base em 2020.

Entre 2019 e 2020, Rondonópolis subiu 10 posições no ranking de participação nacional dos municípios no PIB brasileiro, saindo da 100ª para a 90ª posição. Isto é, ficou entre as 90 maiores economias dos Brasil. Esse crescimento também pôs Rondonópolis entre os 25 municípios do Brasil que mais ganharam participação no PIB nacional entre 2019 e 2020.

Com essa economia que demonstra força, a cidade chegou a 2020 com um PIB de R$ 12.850.052.000,00 (quase 13 bilhões de reais) e com representação importante nos setores da indústria, serviços e setor público.

O PIB do setor industrial de Rondonópolis, por exemplo, ficou como o 76º maior do Brasil, com R$ 3,715 bilhões; o do setor de serviços: o 96º, com R$ 5,530 bilhões; e o do setor público, 84º, com R$ 1,636 bilhão.

Em 2020, Rondonópolis também teve o 7º maior PIB da região Centro-Oeste, onde a cidade está atrás somente das quatro capitais – Campo Grande, Cuiabá, Goiás e Brasília – e dos municípios de Anápolis e Aparecida de Goiânia, ambos em Goiás.

E Rondonópolis não depende hoje apenas do agronegócio para crescer, apesar dele ser o carro-chefe da economia local. O que se vê é que a cidade já tem uma diversificação econômica que a difere da grande maioria dos municípios do Centro-Oeste. 

A capital do Bitrem movimenta riquezas

Além da localização estratégica, no entroncamento de duas importantes rodovias nacionais, as BRs 163 e 364, a presença do maior terminal ferroviário da América Latina fez com que Rondonópolis se consolidasse como um dos maiores pólos de cargas do Brasil, sendo inclusive apelidada como a Capital do Bitrem, devido ao grande número deste tipo de configuração de veículo que atua na cidade e na região.

A força do setor de transportes de cargas movimenta em muito a economia de Rondonópolis, impactando diversos setores, como a construção civil, com obras para as empresas do segmento ou mesmo com as aquisições de casas populares ou até mansões por seus funcionários e diretores.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, 20% dos empregos gerados atualmente em Rondonópolis vêm do setor de transporte rodoviário. É um setor muito forte, considerando que, além das transportadoras, fomenta empresas como postos de combustíveis, oficinas, lojas de acessórios, seguros, restaurantes, lava-jatos, revendedoras, entre outras. Também incrementa o setor de eventos e o setor hoteleiro com visitas de fornecedores de produtos e serviços e parceiros comerciais.

Os números do setor em Rondonópolis são chamativos. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), são mais de 800 empresas de transporte rodoviário de cargas (ETC) na cidade. Elas geram em trono de 30 mil empregos diretos e indiretos. As grandes transportadoras do segmento chegam a ter uma frota de 300 a 1000 caminhões. Além de novas empresas do segmento se instalando na cidade, aquelas já existentes têm feito investimentos na construção de novas sedes.

Um leque de oportunidades de emprego

Para quem busca Rondonópolis atrás de oportunidades de emprego também não tem do que reclamar. As opções e vagas são muitas, tanto que fechou 2022 como a segunda cidade de Mato Grosso que mais criou vagas de trabalho, atrás apenas da capital Cuiabá.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Governo Federal, Rondonópolis registrou um saldo positivo de 5.346 vagas de trabalho em 2022, resultado de 49.891 admissões e 44.545 desligamentos ao longo do período.

Os resultados de 2022 são bem parecidos com o de 2021, quando a cidade gerou 5.393 vagas de trabalho de saldo e obteve o melhor resultado dos últimos anos. Nos dois últimos anos, Rondonópolis se consolidou como o município do interior do Estado que mais gera empregos.

Os dados do Caged mostram que o setor de serviços foi o que mais gerou empregos em Rondonópolis, com 3.212 vagas de saldo no ano. O comércio também teve participação fundamental nos resultados positivos de 2022, possibilitando a criação de 1.015 novas vagas de saldo.

Cuiabá figurou como a cidade que mais gerou empregos, criando 14.185 vagas de saldo em 2022. Em seguida veio Rondonópolis. Sinop foi a terceira cidade do Estado com maior geração de empregos, com 3.983 vagas abertas. Ainda se destacaram Sorriso, que criou 3.902 vagas; Várzea Grande, com 2.153; e Nova Mutum, com 1.915.

A maior exportadora de Mato Grosso

O município de Rondonópolis também fez bonito na economia se firmando como o município que mais exporta e importa no estado de Mato Grosso. Em 2022 teve crescimento de 36,9% nas exportações e 92,3% nas importações com relação a 2021.

No geral, Rondonópolis chegou ao final do ano como 15ª maior exportadora e 27ª maior importadora do Brasil. Em 2022, a cidade registrou um total de U$ 2,971 bilhões em exportações, o que fez com que passasse de 23ª para 15ª maior exportadora no país.

As importações também tiveram aumento, chegando a U$ 2,537 bilhões neste último ano, representando 43,6% do volume de importações de Mato Grosso. Assim, em 2022, Rondonópolis registrou superávit de U$ 434,5 milhões no período.

A maior parte das exportações de Rondonópolis em 2022 tiveram os países asiáticos como destino. A China continuou sendo o principal destino dos produtos exportados, com U$ 777 milhões. A Tailândia figurou como segundo destino das exportações, com U$ 573 milhões.

A torta e outros resíduos da extração do óleo de soja foram o principal produto exportado pela cidade em 2022, representando 49% do total das exportações. Destacaram-se ainda a soja em grãos e triturada, que representou 24% das exportações, o milho (10%) e a carne bovina (6,1%).

Já entre os produtos importados os adubos e fertilizantes representam quase que 100% do volume importado, sendo 40% de adubos potássicos, 27% de adubos com mais de um elemento químico ou mineral e 25% de adubos azotados.

Uma grande arrecadadora de impostos

O município de Rondonópolis também se destaca quando o assunto é arrecadação de impostos, tendo a segunda maior arrecadação de Mato Grosso, apesar de ser a terceira cidade mais populosa do Estado, perdendo para Cuiabá e Várzea Grande em população. 

Para se ter uma ideia, apenas com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a Prefeitura de Rondonópolis arrecadou um total de R$ 147.708.307,21 (mais de cento e quarenta e sete milhões de reais) em 2022, conforme dados da Secretaria Municipal de Finanças.

O valor arrecadado em 2022 é superior a previsão orçamentária para o ano, que era de R$ 138.470.272,29 (mais de cento e trinta e oito milhões de reais), bem como mantém o crescimento anual previsto com relação a 2021, quando foram arrecadados R$ 118.805.569,06 (mais de cento e dezoito milhões de reais) em ICMS.

O ICMS é um dos impostos mais importantes na composição da arrecadação dos municípios. O imposto é estadual, mas 25% da arrecadação retorna aos cofres municipais e é fundamental na composição da receita municipal.

Além disso, o setor de prestação de serviços de Rondonópolis vem mostrando sua força no cenário regional do Brasil. Uma publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) colocou Rondonópolis entre as cidades da região Centro-Oeste que mais arrecadaram Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) em 2021, perdendo apenas para as capitais.

Conforme o Anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, Rondonópolis teve uma arrecadação de R$ 118,37 milhões em ISS em 2021. Com isso, o município foi o quarto em arrecadação desse tipo de imposto na região naquele ano, desbancando, no ranking regional, economias fortes como Aparecida de Goiânia (GO) e Anápolis (GO).

As maiores arrecadações foram das capitais Goiânia (GO), Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT). De acordo com a publicação, as três capitais figuram nas primeiras colocações, com recolhimentos de R$ 870 milhões, R$ 435,51 milhões e R$ 411,90 milhões, respectivamente, em 2021. 

Vale explicar que o recolhimento do ISS é obrigatório para todos os prestadores de serviço, profissionais autônomos e empresas que oferecem serviços para a população.

O maior terminal ferroviário da América Latina 

Grande parte desse salto da economia rondonopolitana nos últimos anos se deve à chegada em 2013 da ferrovia, com a instalação em Rondonópolis do maior terminal ferroviário da América Latina em seu território, operado pela empresa Rumo. 

Na verdade, o terminal é chamado de Complexo Intermodal de Rondonópolis, um loteamento com várias empresas de médio e grande porte atuando em torno da ferrovia. Ali se constituiu um complexo que recebe até 2.000 caminhões por dia com volume anual de 18 milhões de toneladas. É desse complexo que parte o escoamento de quase metade da safra mato-grossense para o porto de Santos.

O complexo abrange uma área de 4,7 milhões de m², divididos em 24 lotes e atuação de empresas nos segmentos de líquidos, como gasolina, etanol, diesel e biodiesel, planta esmagadora de grãos, o maior terminal de granel do Mundo, fábrica de mistura e recebimento de fertilizantes, posto de combustível e operação de contêineres, possibilitando a movimentação de qualquer tipo de carga.

Entre próprios e prestadores de serviços, a estimativa é que o terminal ferroviário gere cerca de três mil empregos. O empreendimento transporta produtos agrícolas, como soja, milho e farelo de soja, e industriais, como das áreas de construção civil, siderurgia, florestal, consumo, petroquímico e fertilizantes. Vale dizer que o terminal tem potencial de dobrar sua operação e movimentação, considerando o atual número de empresas instaladas e com produção.

Em 2019, a Rumo concluiu importantes obras na expansão de capacidade que elevaram o patamar logístico das operações. Totalizando cerca de R$ 230 milhões em investimentos, o complexo multimodal passou a contar com 15 moegas rodoviárias, capacidade estática de 150 mil toneladas e três tulhas ferroviárias que permitem carregar três trens simultaneamente. 

Oportunidades para quem quer empreender

Com uma economia forte e diversificada, Rondonópolis tem sido o local ideal para cada vez mais gente empreender e abrir negócios, seja qual for o tamanho deles. Nesse cenário, de janeiro ao início de dezembro de 2022, mais de 4.500 cidadãos rondonopolitanos conseguiram abrir sua microempresa e mais de 1.700 deles viram nascer suas empresas de pequeno e médio porte, segundo dados da Prefeitura. 

O impulso que a abertura das empresas teve em 2022 se revela em números. Entre as atividades que despontam no ranking de abertura de empresas em Rondonópolis estão confecção de roupas (1.506 aberturas de MEIs), serviço de obras e de alvenaria (1.454), cabeleireiros (1.124), eletricistas (528), promotores de vendas (882), lanchonetes (474), esteticistas (409), restaurantes (303), serviço de entrega rápida, o chamado deliveries (268) e bares (228). 

“Rondonópolis é um município diferenciado no segmento empresarial, pois está no entroncamento entre as BRs 163 e 364, que são ponto de convergência entre as Regiões Sul e Norte do Brasil, possuindo uma localização privilegiada. Sendo um lugar de prosperidade onde há espaço para quem quiser empreender, a cidade atrai investidores devido à rota de fácil acesso e ao espaço estratégico em que se encontra. Temos um mercado extremamente aquecido, uma economia muito forte. Rondonópolis respira por si só”, sintetiza o gerente do Departamento de Fomento às Micro, Pequenas e Médias Empresas e coordenador do Centro de Atendimento Empresarial (CAE), Jarmes Freitas.

No CAE as pessoas encontram, além das diretrizes necessárias para que tomem as ações corretas, também o apoio de que precisam, inclusive com microcréditos, para que possam fazer com que o desejo de ter o próprio negócio passe da inspiração à realidade.

Você sabia?

Rondonópolis também é apontada como o maior pólo de esmagamento, refino e envaze de óleo de soja do Brasil; o maior pólo misturador de fertilizantes do interior brasileiro; o maior centro de produção de ração animal e suplementos animais de Mato Grosso; o maior centro de exportação e importação no território mato-grossense; o maior centro de movimentação de cargas do Estado.

008